Em defesa pela vida dos animais e contra uma das atividades mais cruéis da humanidade. Integrantes do movimento contra o embarque de cargas vivas no Porto de São Sebastião, realizaram nesta quinta-feira (1º), um novo protesto contra a prática no município.
Nesta sexta-feira (2), data em que está previsto o início do embarque de 3, 6 mil cabeças de gado para a Arábia Saudita, os ambientalistas devem realizar nova manifestação pelas ruas da cidade.
De acordo com o movimento social, durante a manifestação na última quinta-feira o movimento aproveitou para coletar assinaturas com os moradores para reivindicar o fim das exportações de cargas vivas no porto sebastianense, que ainda é um dos poucos no país a realizar este tipo de operação.
Os outros portos que realizam esse tipo de operação são: Rio Grande (RS), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA).
Segundo Embarque
De acordo com os integrantes do movimento social, este será o segundo embarque de cargas vivas pelo porto neste ano.
O primeiro embarque aconteceu no dia 8 de janeiro com 5.800 animais. Desta vez, o navio WMF Express, com bandeira da Guiné Bissau, que está atracado no canal, receberá a carga.
A exportação de animais é uma atividade capitalista, que demanda mercado e movimenta muito dinheiro. Em 2023, foram embarcados cerca de 200 mil animais vivos no porto, uma operação que se repete há décadas.
Os animais foram levados para a Turquia e, posteriormente, para o Egito, Iraque, Palestina, Argélia, Emirados Árabes, Jordânia, Líbano, Irã e Marrocos.
Para se ter uma ideia a viagem de navio até a Turquia pode demorar aproximadamente 20 dias causando uma série de transtornos e estresse aos animais.
João Carlos Pereira Junior, que integra o movimento, disse que o navio segue aguardando as carretas que trazem os animais e deveriam chegar até a noite desta quinta-feira ao município, o que ainda não havia acontecido até o momento desta reportagem.
De acordo com ele, a cidade não fatura um centavo com esse tipo de operação. “Mas as empresas faturam 7 mil euros por cada animal exportado pelo porto”.
Com Jornal do Litoral Foto: Boobook48