A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13), a Operação Desacerto, com objetivo de combater fraudes na concessão de auxílio desemprego que podem ter gerado um prejuízo de R$ 8,7 milhões aos cofres públicos.
A partir da informação de uso indevido de senha de uma servidora da Secretaria Especial da Previdência e Trabalho em Suzano, em abril de 2020, no auge da pandemia ocasionada pela COVID-19, foi iniciada a investigação que apurou que foram utilizados alguns cadastros digitais nos requerimentos de auxílios fraudulentos.
As senhas utilizadas indevidamente dos servidores eram usadas para a realização de acertos, que consistem em ajustes necessários quando havia inconsistência entre os requerimentos de auxílio desemprego e os dados cadastrados no sistema. Após novas pesquisas, foram identificados 3.450 requerimentos suspeitos.
As buscas foram realizadas hoje em São Paulo e em Guarulhos/SP, em uma empresa utilizada nas fraudes, com cadastro no endereço do seu sócio-proprietário, e no endereço de um colaborador contratado por empresa terceirizada, visando localizar e apreender elementos de prova da autoria dessas fraudes e identificar outras pessoas que participaram dos crimes investigados.
Os responsáveis poderão responder pelo crime de estelionato majorado e associação criminosa.