Apelidada de ‘maconha gourmet’, a droga de ‘alta qualidade’ produzida no Vale do Paraíba tinha como público-alvo estudantes universitários de Taubaté e da região. O esquema foi descoberto pela Polícia Civil, no curso da ‘Operação Hipócrates’, que identificou um estudante de medicina como integrante da associação criminosa. Foram apreendidos pelos policiais aproximadamente 310 pés de maconha ‘in natura’.
De acordo com a Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais), a quadrilha usava compartimentos secretos para camuflar as estufas onde a maconha era cultivada. A “Operação Hipócrates” recebeu esse nome em alusão ao patrono da profissão médica.
A operação da Deic de Taubaté, que contou com o apoio de policiais civis de Campos do Jordão, começou com a execução de mandados de busca em diversos municípios. Um homem foi preso em flagrante no bairro Morada dos Nobres, em Taubaté. No momento da prisão, ele estava na posse de uma grande quantidade de maconha in natura, dinheiro, equipamentos para embalagem a vácuo e tentou destruir seu telefone celular, chegando a agredir os policiais, mas foi contido.
Além da prisão, os policiais localizaram três estufas utilizadas para o cultivo da droga em diferentes cidades.
Uma das estufas foi localizada em uma área rural no bairro Ribeirão Grande, em Pindamonhangaba. No local, foram encontrados cerca de 100 pés de maconha em um compartimento secreto. As plantas estavam em estufas equipadas com ventilação, iluminação especial e sensores para controle de temperatura.
Uma outra estava em Guaratinguetá, onde foram apreendidos aproximadamente 50 pés de maconha. Já em Guararema, uma estufa estava contendo cerca de 160 pés de maconha.
Todo o material encontrado, incluindo a droga e os equipamentos das estufas, foi apreendido, resultando em um grande prejuízo financeiro para a associação criminosa. As investigações continuam para identificar outros membros do grupo.
Com O Vale